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Biblioteca Municipal de Sintra – Casa Mantero
Sintra foi, e continua a ser, a musa inspiradora de autores e criadores literários, tendo sido enaltecida e exaltada por todos os grandes escritores portugueses. Este percurso é, assim, não só uma ode à beleza da paisagem, como também um testemunho da criatividade humana. E que sítio melhor para começarmos do que a biblioteca municipal, local de todos os autores, de estudo e do lazer. E se todos estes atributos não fossem suficientes aqui pode encontrar um fundo documental que representa a obra de Camilo Castelo Branco, o aclamado novelista romântico português. O caráter singular deste espólio levou à sua classificação como Bem Cultural de Interesse Público.
Igreja da Misericórdia
Localizada no coração histórico de Sintra, Portugal, encontra-se um monumento que não é apenas uma obra-prima arquitetónica, mas também um símbolo significativo da história e cultura portuguesas – a Igreja da Misericórdia. Esta bela igreja oferece aos visitantes um vislumbre único do passado, ao mesmo tempo que oferece vistas deslumbrantes sobre a cidade velha. A Igreja da Misericórdia foi fundada em 1545 por D. João III, no âmbito do seu projeto de criação de instituições religiosas em Portugal. Foi projectada por Diogo de Torralva, um dos mais proeminentes arquitectos do Renascimento em Portugal. Ao longo do tempo, sofreu várias remodelações devido a calamidades naturais como terramotos, mas o seu encanto original permanece intacto. A principal função da igreja era oferecer orientação espiritual e prestar serviços de caridade aos menos afortunados. O seu nome “Misericórdia” reflecte os seus princípios fundadores baseados na compaixão e na caridade.
Mercado Municipal da Estefânia
Integrado na região saloia, Sintra abastecia a capital com frutas e produtos hortícolas vendidos nos mercados, nas feiras ou mesmo nas ruas de Lisboa. Umas vezes era a população citadina que se ia abastecer a Sintra, na Feira das Mercês e na de São Pedro, outras eram os saloios que os levavam até à cidade. Para além dos morangos, os frutos silvestres, os pêssegos rosa e as peras pardas, as maçãs reineta faziam também as delícias dos apreciadores. A Maçã Reineta permanece ainda hoje na região de pomares espalhados pelo concelho, havendo uma maior concentração em Fontanelas. Tinham fama os pomares de Colares, que deram nome à Praia das Maçãs, segundo consta em virtude de o rio que aí ia desaguar passar entre pomares e levar, nas suas águas, até à praia, as maçãs que iam caindo. Aqui, no Mercado da Estefânia pode ainda hoje encontrar todos estes produtos.
Miradouro da Correnteza
Este é um dos locais de lazer mais procurados em Sintra, em grande parte, devido ao conjunto monumental e à paisagem verdejante que se vislumbra das suas muralhas: o Vale da Raposa, a Vila Velha com o seu casario e o Palácio Nacional de Sintra e o oceano na linha do horizonte. Lá no alto o Castelo dos Mouros. Bem perto do Centro Histórico de Sintra, neste miradouro de fácil acesso a partir da estação de comboios de Sintra, poderá sentar-se a descansar e admirar a vista deslumbrante.
Paços do Concelho de Sintra
Após a inauguração da via ferroviária Lisboa-Sintra, em 1889, Sintra sofreu importantes alterações no seu tecido urbano. Porém, a impossibilidade da própria Vila vir a ganhar mais terreno à Serra, conduziu felizmente à edificação de um novo bairro, relativamente afastado e denominado de Estefânia, em homenagem à Rainha D. Estefânia, mulher de D. Pedro V. Assistiu-se, portanto, à deslocação do centro económico-social, o que obrigou também à transferência das principais entidades administrativas que permaneciam instaladas num edifício do século XVIII, próximo do Paço Real. Para a construção da nova Câmara optou-se por um lugar acessível, quer para a dita Vila Velha, quer para o burgo da Estefânia. Por isso, os modernos Paços do Concelho foram edificados entre ambos os bairros, no local onde, até então, se erguia a antiga ermida de São Sebastião. A construção do novo edifício dos Paços do Concelho, iniciada em 1906, segundo projecto de Adães Bermudes, foi concluída em 1909. O edifício apresenta fachadas austeras, com janelas neo-Manuelinas sobriamente decoradas. No alçado principal destaca-se, pela sua imponência, uma torre superiormente rematada por ameias, e por uma cobertura piramidal revestida com azulejos, os quais representam alternadamente a Cruz de Cristo e o Escudo Pátrio. No topo, surge, magestosa, a esfera armilar. Ladeiam esta curiosa cobertura quatro outras de menores dimensões, coroando "guaritas" que lhe formam os cantos. Nesse mesmo alçado, sobressai um balcão, pleno de arcos de feição manuelina, e encimado por um frontão em que se inscrevem as armas municipais.
Largo rainha D. Amélia (terreiro do palácio)
Luís Vaz de Camões é o mais aclamado poeta da literatura portuguesa. Nascido no século XVI, em plena época dos descobrimentos, a sua obra-prima, Os Lusíadas, enaltecem as qualidades e coragem dos portugueses, mas também a beleza de Sintra. A obra foi dedicada ao rei D. Sebastião, a quem (segundo a tradição) Camões terá lido os versos quando estaria em Sintra. Para uns o local escolhido foi o palácio da Vila, para outros, a Quinta da Penha Verde. “E nas serras da Lua conhecidas Sojuga a fria Sintra o duro braço; Sintra, onde as Naiades, escondidas Nas fontes vão fugindo ao doce laço Onde Amor as enreda brandamente, Nas águas acendendo fogo ardente” Canto III Lusíadas
Museu Ferreira de Castro
Ferreira de Castro foi um romancista português nascido no final do século XIX. A sua obra mais aclamada “A Selva” reflete a dura experiência que teve quando, ainda criança, trabalhou num seringal da Amazónia. Grande parte da sua obra foi escrita em Sintra, onde encontrava paz e inspiração, tendo, por isso, doado à vila o seu espólio. Foi duas vezes candidato a prémio Nobel da literatura e um dos escritores portuguese mais traduzidos de sempre. Quis ficar sepultado no local que tanto o inspirava. “desejaria ficar sepultado à beira duma dessas poéticas veredas que dão acesso ao Castelo dos Mouros sob as velhas árvores românticas que ali residem e tantas vezes contemplei com esta ideia no meu espírito”
Hotel Lawrence
Lord Byron, foi uma das figuras mais importantes do Romantismo europeu. Em 1809, com apenas 21 anos o poeta inglês fez uma longa viagem pela Europa, tendo visitado vários países, incluindo Portugal. Esta jornada inspirou-o a escrever uma das suas mais famosas obras: Childe Harold’s Pilgrimage onde a vila de Sintra é referida como sendo um glorioso paraíso. “Lo! Cintra’s glorious Eden intervenes In variegated maze of mount and glen. Ah me! what hand can pencil guide, or pen, To follow half on which the eye dilates Through views more dazzling unto mortal ken Than those whereof such things the bard relates, Who to the awe-struck world unlocked Elysium’s gates?” Childe Harold’s Pilgrimage
Cascata de Pisões
“Sintra não são pedras velhas, nem coisas góticas… Sintra é isto, um pouco de água, um bocado de musgo…isto é o paraíso.” Eça de Queirós foi um dos nomes maiores da literatura portuguesa do século XIX. Inaugurou o movimento naturalista em Portugal, procurando retratar a realidade social e política do país. De alguma forma todas as suas obras passam pela vila mas é no Mistério da Estrada de Sintra e na sua obra maior “Os Maias” que a vila ganhou maior relevância. “Tudo em Sintra é divino, não há um cantinho que não seja um poema”
Volta do Duche
Sintra foi frequentemente descrita por viajantes e escritores como um local de refúgio onde a natureza exuberante tem destaque. Assim foi também para Gabriela Llansol, escritora e tradutora portuguesa do século XX, cuja obra é descrita como sendo de rutura, mas que não resiste a sublimar a beleza natural de Sintra. “- Como Sintra é bela, por ter às vezes também árvores! Passámos agora por Grande Maior, a minha árvore favorita, pela impressão que me traz da sua grandeza, da sua sombra de simplicidade.”
Padaria Saloia
Cresceu em feiras, em mercados, em eventos ao redor de Sintra e, inclusive, na própria vila de Sintra. Desde então tem vindo a transmitir, de geração em geração, esta arte tão nossa, tão portuguesa: fazer o pão. Além do tradicional pão saloio, é possível experimentar variedades diferentes, como o pão de centeio, broa de milho, os pães com recheio e muitos outros. Porque não tomar aqui o pequeno-almoço e provar o pão saloio, a sair do forno?
Queijadas da Sapa
Aqui, compre um pacote de queijadas! Avistando ao longe as chaminés do Palácio e a Serra, o Monte da Lua, delicie-se com uma queijada de Sintra, de casquinha crocante e estaladiça, com recheio de ovos, açúcar, queijo fresco e canela. Difícil é comer só uma! As queijadas de Sintra são provavelmente o mais antigo doce da gastronomia sintrense eternizada na literatura portuguesa. Um doce regional secular, cuja origem remonta provavelmente ao século XIII, ao reinado de D. Sancho II. Até meados do século XVIII, as queijadas eram de fabrico caseiro e serviam também para pagamento de foros, passando depois a ser produzidas, até aos dias de hoje, em várias fábricas de queijadas espalhadas no concelho.
Palácio Nacional de Sintra
Palácio Nacional de Sintra marca a paisagem com a silhueta inconfundível das duas chaminés cónicas que coroam a cozinha real. O único palácio que atravessou toda a história de Portugal. No final da Idade Média, o Paço de Sintra era o centro de um território gerido pelas Rainhas de Portugal, mas foi também um dos espaços preferidos dos monarcas portugueses. A abundância de caça na região, a frescura do clima durante os meses de verão ou a necessidade de refúgio em períodos de peste na capital fizeram do Paço de Sintra um destino frequente. A monumental Cozinha do Paço de Sintra foi construída por D. João I, para servir todo o palácio. A sua dimensão justifica-se pelas várias centenas de pessoas que compunham a corte. Sendo Sintra um território de caçadas reais, este era o local onde a caça era preparada para banquetes. Como dizia Eça "e no alto as duas chaminés colossais, disformes, resumindo tudo como se esta residência fosse toda ela uma cozinha talhada às proporções da gula de Rei que cada dia come todo um Reino.” Atualmente o Paço de Sintra é palco de diversos eventos culturais, no interior e exterior, como o Mercado de Natal.
Casa Piriquita
Os mais famosos travesseiros de Sintra são fabricados aqui. Antiga Casa de Queijadas, fundada em 1862 por Constança Gomes “Piriquita”, no centro da Vila Velha. Durante a II Guerra Mundial, a Piriquita sentiu a necessidade de inovar, e Constança Luísa, neta da fundadora, ao ler um livro de receitas antigas, encontrou a receita do Travesseiro. O fabrico deste novo doce, feito de massa folhada, doce de ovos, amêndoas e açúcar que ultrapassou, então e deste modo, os infortúnios e as dificuldades de um tempo conturbado pela guerra, pela escassez e pelo racionamento dos produtos, transformou-se num bolo feito à hora de vender, suculento, estaladiço, cremoso, em forma almofadada. As queijadas de Sintra, reconhecidas como um dos ex-líbris desta Vila, são a lembrança preferida na bagagem dos visitantes.
Vila Alda - Casa do Eléctrico de Sintra
Aqui, é possível comprar o peculiar vinho de Colares, plantado em chão de areia. O solo, o microclima e a qualidade das castas, Ramisco para o tinto e Malvasia de Colares para o branco, são a base deste vinho único. O ano de 1863 marcou de forma trágica a produção vinícola na Europa, com o aparecimento da filoxera, doença que atacava a raiz das plantas, Colares porém resistiu devido às características arenosas do solo. Também aqui, na Vila Alda, inicia-se uma nova viagem: no eléctrico de Sintra! Surge em 1904, e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento económico-social da região de Colares e de todas as povoações que passou a servir. Foi suporte e apoio na atividade agrícola /rural da região, servindo também para transportar o Vinho de Colares até à estação de Sintra, para seguir para Lisboa. Hoje, proporciona ao visitante uma experiência memorável, uma viagem ao passado, entre a Vila Alda na Estefânia e a Praia das Maçãs, num percurso de quase 11 quilómetros, por entre uma vegetação que oferece de mão beijada as sombras. São plátanos, vinhas e pomares que conferem frescura ao passeio. De carruagens abertas ou fechadas, a viagem faz-se ao sabor de outros tempos.